Como a grande maioria dos espanhois conheci Risto Mejíde quando começou a entrar, todas as semanas pela minha casa, (vía televisão), como jurí de Operação Triunfo, e, mais tarde no programa “TU SÍ QUE VALES” …
O seu estilo, há que dizê-lo claramente, altivo e o seu tom agressivo, crió em mim um instinto de repulsa … pelo modo como, por vezes, destroçava os participantes.
De quando em quando … muito de quando em quando … sentia-se aflorar algo de sensibilidade humana …
Quando, uma noite ouvi um comentario xenofobo, decidi mudar de canal.
Cerca de um ano mais tarde, visitando uma livraria do centro de Sevilla, por pura casualidade, me veio ás mãos um livro assinado por Risto: “Sentimiento Negativo”.
Não querendo obedecer ao meu instinto repulsivo, li a introdução … gostei … prendeu-me … acabei por ler o livro de golpe, na mesma livraria, em meia hora e diante do olhar severo do responsavel del establecimento.
Simplesmente … encantou-me … a sobriedade e a inteligencia de Risto … (afinal é humano) … tocou-me … prometi a mim mesmo seguir mais atentamente as suas actuações e procurar o seu primeiro livro (aquele era já o segundo) … “Pensamiento Negativo”.
Quando apareceu o programa “Viajando con Chester” transformei-me em seu fan desde a primeira temporada … vejo em tv a carta … aos domingos pela noite estou trabalhando … quem trabalha em televisão sabe que os conceitos de fins de semana mudam um pouco …
Mesmo sabendo que o programa não é de sua autoria, só foi contratado como moderador … este é o Risto Mejíde que eu conheci nos seus livros …
Em “Viajando con Chester”, Risto, com o seu modo inteligente, solto e perspicaz faz que os “seus” convidados tirem as suas capas sociais com que os conhecemos para revelar os seus aspectos mais humanos … e faz as preguntas que muitos de nós fariamos …
Com Risto descubri outras pessoas dentro das pessoas que habitam no meu mundo quotidiano.
Termino com el programa que me fez escrever este “DISSERTANDO” … a entrevista com Jorge Javier Vazquéz.
Declaro-me total e profundamente contra os “programas lixo” e , ou, “do coração” que são habituais, principalmente de Cadena Cinco, que pura e simplesmente, me nego a ver … por isso, e por eles, Jorge Vasquéz foi desde sempre, para mim, um nome cortado do grupo de profissionais de radio e televisão.
A sua conversa con Risto revelou-me uma pessoa que merece todo o meu respeito … hoje, diante dele, tiro o meu chapéu.
Continuarei recusando os programas de TeleCinco, os de Jorge incluidos, mas penso que fui injusto com ele.
Vêm-me a cabeça as palavras de um dos meus professores de Universidade, Antonio Colinet, que este ano nos dizia:
“--- Há que seguir e ver a Jorge Vazquéz, ainda que não gosteis, os seus programas são seguidos diariamente por mais de tres milhões de pessoas … isso significa algo!”
A verdade é que não podemos duvidar da sua capacidade de comunicação.
Obrigado, pois, Risto Mejíde, por dar-nos a conhecer o verdadeiro “eu” dos personagens que se sentam ao teu lado nesses muitos sofás de fins benéficos.
Por mim … eu continuarei …
viajando com … Risto!
jorge peres - 21 – 10 – 2014 - 10.15h
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