lunes, 27 de octubre de 2014

... VIAJANDO COM ... RISTO MEJÍDE ...

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    Como a grande maioria dos espanhois conheci Risto Mejíde quando começou a entrar, todas as semanas pela minha casa, (vía televisão), como jurí de Operação Triunfo, e, mais tarde no programa “TU SÍ QUE VALES” …

    O seu estilo, há que dizê-lo claramente, altivo e o seu tom agressivo, crió em mim um instinto de repulsa … pelo modo como, por vezes, destroçava os participantes.

    De quando em quando … muito de quando em quando … sentia-se aflorar algo de sensibilidade humana …

    Quando, uma noite ouvi um comentario xenofobo, decidi mudar de canal.

   Cerca de um ano mais tarde, visitando uma livraria do centro de Sevilla, por pura casualidade, me veio ás mãos um livro assinado por Risto: “Sentimiento Negativo”.

   Não querendo obedecer ao meu instinto repulsivo, li a introdução … gostei … prendeu-me … acabei por ler o livro de golpe, na mesma livraria, em meia hora e diante do olhar severo do responsavel del establecimento.

   Simplesmente … encantou-me … a sobriedade e a inteligencia de Risto … (afinal é humano) … tocou-me … prometi a mim mesmo seguir mais atentamente as suas actuações e procurar o seu primeiro livro (aquele era já o segundo) … “Pensamiento Negativo”.

   Quando apareceu o programa “Viajando con Chester” transformei-me em seu fan desde a primeira temporada … vejo em tv a carta … aos domingos pela noite estou trabalhando … quem trabalha em televisão sabe que os conceitos de fins de semana mudam um pouco …

    Mesmo sabendo que o programa não é de sua autoria, só foi contratado como moderador … este é o Risto Mejíde que eu conheci nos seus livros

    Em “Viajando con Chester”, Risto, com o seu modo inteligente, solto e perspicaz faz que os “seus” convidados tirem as suas capas sociais com que os conhecemos para revelar os seus aspectos mais humanos … e faz as preguntas que muitos de nós fariamos …

   Com Risto descubri outras pessoas dentro das pessoas que habitam no meu mundo quotidiano.

   Termino com el programa que me fez escrever este “DISSERTANDO” … a entrevista com Jorge Javier Vazquéz.

 

 

   Declaro-me total e profundamente contra os “programas lixo” e , ou, “do coração” que são habituais, principalmente de Cadena Cinco, que pura e simplesmente, me nego a ver … por isso, e por eles, Jorge Vasquéz foi desde sempre, para mim, um nome cortado do grupo de profissionais de radio e televisão.

   A sua conversa con Risto revelou-me uma pessoa que merece todo o meu respeito … hoje, diante dele, tiro o meu chapéu.

    Continuarei recusando os programas de TeleCinco, os de Jorge incluidos, mas penso que fui injusto com ele.

   Vêm-me a cabeça as palavras de um dos meus professores de Universidade, Antonio Colinet, que este ano nos dizia:

   “--- Há que seguir e ver a Jorge Vazquéz, ainda que não gosteis, os seus programas são seguidos diariamente por mais de tres milhões de pessoas … isso significa algo!”

    A verdade é que não podemos duvidar da sua capacidade de comunicação.

   Obrigado, pois, Risto Mejíde, por dar-nos a conhecer o verdadeiro “eu” dos personagens que se sentam ao teu lado nesses muitos sofás de fins benéficos.

    Por mim … eu continuarei …

viajando com … Risto!


jorge peres - 21 – 10 – 2014 - 10.15h 

 

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lunes, 6 de octubre de 2014

... PÂNICO ...

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     Sinto um profundo pânico … estou aquí sentado e quem passa olha a minha cara e vê nela reflexado o horroroso medo que sinto …

     Sou um homem que na minha cabeça desenho programas de televisão enquanto durmo para depois, pela manhã, começar a dar forma à ideia

    … escrevo poemas na minha mente enquanto caminho pela rua, para depois me limitar a passar ao papel o que já está feito …

     … monto estratégias comerciais ao mesmo tempo que almoço, ou janto, com minha esposa

normalmente, quando escrevo, faço-o depressa, porque são muitas as ideias e poucos os minutos disponiveis

      Mas … agora mesmo, sinto-me tomado pelo pânico

   Faz meia hora que me sentei na cadeira da esplanada onde estou agora mesmo … como sempre puxei do meu caderno de apontamentos e da minha esferográfica … coisas que jamais me faltam, valha donde valha ….

    Faz coisa de meia hora que olho a folha em branco … sinto que ella me olha também, com aquele ar de quem pregunta: “ ---...quando começas?!!!”

    E essa é a pregunta que faço a mim mesmo … a cabeça está em branco … pela primeira vez não tenho ideias … e … pouquito a poco, invade-me o pânico … será uma “crise” passageira?!!! será do tempo, incerto ?!!! será da idade, que está passando factura?!!!

    Enquanto todo este remolinho de preguntas me ataca o espirito, tomo uma decisão … vou a esrever sobre isso mesmo … talvez assim me abandone este pânico … e isso é o que acabo de fazer




jorge peres – 24 – 09 – 2014 - 14.30h 


 

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martes, 2 de septiembre de 2014

... N O R M A L !!! ...

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                                                                                                              salvador dalí



    Não é surpresa, nem milagre, que os conceitos mudam ao longo dos anos.
     Mas hoje vou falar do conceito de … “normal”
   Não sei se é normal, ou não, falar de “normal” num tempo e num mundo em que, parece, nada o é … mas … afinal … o que é “normal”?!
   Normal”, são um conjunto de normas, regras impostas e aceites pela sociedade actual.
    São efemeras, na sua maioria abstractas, e têm um prazo de validade, no tempo, curto.
    Olhando para trás, e nem necesitamos recuar muito no tempo, damo-nos conta de quantas coisas mudaram.
    Por isso é tão dificil catalogar algo de “normal” … ou … não …
     Um simples exemplo … há 20 anos os telemoveis eram enormes e economicamente inacessiveis … não era normal, em 1994, que um individuo de classe média-baixa tivesse um.
     Em 2014, raro é encontrar um avô que não tenha no seu bolso um telemovil, com a sua memoria cheia de fotos e com conexão a internet, que mais não seja, para ler o jornal sem ter que paga-lo.
     Então, chegados a este ponto da minha dissertação passemos ao paso seguinte.
    Se temos conciencia de que o “normal” é temporal e passageiro, poderemos então juntar-le outro conceito? … o conceito de “bem” e de “mal”?! … eu explico … ser o não “normal” poderá ser sinónimo de ser ou não correcto?!
     Aquí começam os problemas …. as divergencias … os conflitos …
    E si o conhecido “bom senso” tende a equilibrar e liderar os conflitos de posições diferentes, tambem,, por certo, esse conceito ( o de bom senso) muda de pessoa para pessoa.
     Recordo-me que, desde jovem, sempre disse, e escrevi: “Uma das maiores ofensas que me podem fazer é chamarem-me de um 'tipo normal'”
     Não podemos esquecer que à “anormalidade” devemos o progresso, as revoluções de pensamento (não têm que ser exclusivamente politicas).
     São os “não normais” que escrevem a historia, que marcam as paginas do futuro, que descobrem caminhos maritimos e que inventam a penicilina e a teoria da relatividade.
     Olhemos pois á nossa volta, aceitemos o que choca com os nossos conceitos pessoais e não esquecemos que neste mundo o que não é “normal” não é, só por si, rejeitavel … respeitemos o que nos rodeia e tomemos consciencia de que vivemos um mundo de constante e permanentes mudanças … e que isso … é normal !

                                                                       jorge peres 


 
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domingo, 27 de julio de 2014

... ...FÉRIAS ???!!! ...


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             “--- Então, este ano onde vais de férias?!”

     São muitos os que, nesta época me fazem esta pregunta … ironicamente respondo:

     “--- … fé … qué … o que é isso ?!!!?”

      As pessoas brindam-me com um sorriso amarelo e, em poucos segundos, mudam de tema.

     Ironias á parte … eu sei que sou um tipo “raro” … mas temos que ser sinceros co
nnosco mesmos (e com os outros) … não é verdade?
     Lembro-me da minha infancia (há mais de meio século) … os meus pais, donos de um atelier de alfaiataria, trabalhavam de 12 a 14 horas por dia … esperando, com alguma emoção y ansiedade, o mês de Agosto para … as férias

     Se o meu pai gosta de viajar …. á minha mãe lhe encanta.

     Eu, sempre fui um rapaz que amava o meu dia a dia normal … o liceu, as aulas, as bulhas, as series de televisão … as férias começaram por ser a perda de tudo isso durante 30, 20 ou 15 dias … uma calamidade

      Aos 10, 12 anos, começava a entrar em secreta depressão a finais de junho … ( já vinha agosto).

     Claro que acompanhei a meus pais nos mais de 20.000 Kms de viagens … (nem poderia evitar-lo) … até que um ano convidaram-me para trabalhar, no verão, numa piscina … mais do que ter o meu primeiro emprego, encontrei a perfeita desculpa para não sair da minha cidade e não acompanhar esse ano a meus pais …. foi o principio de uma ilusória emancipação.

     Os anos, imperdoavelmente, foram passando … vieram as namoradas … e os seus ansiados desejos por … férias … e praia … chegou o momento de casar-me e então pensas … eu não gosto de praia, nem de férias … mas a minha esposa sim … e na minha cabeça aparece a pregunta …

     “--- Tenho eu o direito de impor a minha vontade e obrigar a quem comparte o ar conmigo a abdicar do seu gosto e necesidade de férias?”

     A resposta já vem com a pregunta … não

     E enfin … com mais de meio século de vida … hoje escrevo-vos estas linhas nesta data …. 21 de julho … encuanto a minha adoravel esposa já está, encantada, contando os dias que faltam para as férias, que este ano, por razões familiares, serão em Setembro

    Por isso vos repito … sou um tipo “raro” … ao contrario de toda a gente … mas que querem?!!! … não gosto de férias


          jorge peres - 21 – 07 – 2014 - 09.44h  



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lunes, 7 de julio de 2014

... EDUCAÇÃO ...


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    No meio do ambiente criado pelo Mundial de Futebol, dou liberdade á minha “pena” para escrever o que em primeiro lhe venha a cabeça.

    Aparece a palabra “educação” … a minha “pena” tem destas coisas … para que falar de um tema que é do desconhecimento de tantos, mal usado por outros e esquecido por quase todos …

    E que tem que ver “educação” com o Mundial de Futebol?!

   Esta decisão arbitraria da minha “pena” obriga-me a reflexionar sobre o tema.

    “Educação” … conjunto de normas que têm que ver com a relação entre as pessoas numa sociedade.

    Todos fomos programados desde o momento em que nascemos para cumprir essas normas que, como compreenderão … mudam segundo os tipos diferentes da sociedade.

   No entanto, ainda que alguns detalles sociais mudem, há alguns outros que são comuns.

   São essas normas que nos ajudam a lidar uns com os outros … e da interacção entre a educação e o respeito, nasce uma sociedade próspera, fluida … pacífica ….

    “Pequenos nadas”, como que … “a liberdade de cada um termina no justo ponto em que começa a liberdade dos demais” … e a deferencia e carinho para com os mais velhos, (grandes possuidores de conhecimento e experiencia) … estou convencido que tudo isso nos ensinaram (programaram) a todos …

    Se pensam bem … a educação é como um jogo de futebol

    Para que possas jogar em qualquer equipe (sociedade) formam-te (educam-te) …

    Depois chega o momento em que tens que saber jogar e cumprir as normas com outro (outros) equipes …

   No caso em que não as cumpras tens varias possibilidades … admoestação (cartão amarelo), expulsão por reincidencia ou gravidade (cartão vermelho) ou … impunidade … se consegues que não te veja o arbitro (policia) zelador do cumprimento das regras …

   E funcionam bem?! Pois … nem sempre, tal como nós nem sempre temos um comportamento “legal” … que as vezes é injusto?!!? … claro que sim … nada é completamente justo … nem a justiça em si mesma …

   Penso que o paralelismo entre os dois temas é real … mesmo quando as opiniões se dividem … mesmo quando há “mordiscos” na sociedade (ou no futebol).

   Curioso pensar que há uma classe social que tem por função assegurar a manutenção e cumprimento da “educação” - a classe politica … consigo detectar um sorriso no rosto do leitor … pois sim … como parece esquecida a “educação” nessa classe …

   Bem !!!

   Devo travar a soltura de pensamentos e palavras da minha “pena”

   Por aquí nos paramos … e que todos sejamos educados!



        jorge peres - 02 – 07 – 2014 - 10.38h 

 

 

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domingo, 22 de junio de 2014

... VII CURSO DE LOCUTORES - documental ...


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     Foi com muita emoção que, quase ao cumplir dos meus 54 anos de idade, voltei a entrar, como aluno, na Universidade.

     O pretexto foi o VII CURSO DE LOCUTORES DE RADIO orhanizado pela Universidade de Comunicação de Sevilha, em terrenos outrora ocupados pela Exposição Universal de 1992.

     Mais do que os professores, José Colinet e Maria Jose Barriga, encontrei todo uma equipe de companheiros, pessoas, de uma maneira ou de outra, dentro do mundo do jornalismo, da radio e da televisão, mas, principalmente, gente cheia de criatividade, de ideias … e ilusões …

     Num ambiente de puramente familiar, as dez sessões do curso passaram-se correndo, alternando a recuperação de uma memória sempre bem viva, e o aprender de métodos e posturas novas ( que para isso estavamos).

    Resultado final:

      • 12 amigos

      • 10 locutores mais experimentados

      • milhões de ideias na cabeça de todos


    Este é o documental dos dez dias que mudaram o mundo pessoal de todos.

 

 

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domingo, 15 de junio de 2014

… COMO SER UM REPUBLICANO-MONARQUICO …

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    A pocos dias da proclamação de Felipe de Borbón como o rey Felipe VI, volta o debate: monarquia o republica.

Á minha volta apontam-me o dedo pelas minhas convicções politicas (que não ideológicas).

Já en diversas ocasiões me afirmei como um republicano-monarquico e sempre sou criticado.

Dizem os “supostos entendidos”, que eu não posso ser as duas coisas … que, quanto muito poderei ser um republicano com simpatia (tolerancia) pela monarquia, ou um monárquico resignado pelo poder da republica.

Pois, não! Sou um republicano-monarquico.

Tentarei clarificar.

A monarquia, para mim, significa passado, historia, dois valores fundamentais no progresso e evolução de qualquer sociedade.

Eu observo a D. Juan Carlos de Borbón ou a D. Luis Pío de Bragança e não posso evitar de sentir nos seus ombros, os feitos, as lutas, as glorias e os maus passos de Espanha e Portugal ao longo de centenas de anos.

Essa historia tem que ser preservada, estudada, explicada … jamais esquecida …

Por isso a figura do rei é tão importante.

Um rei é alguem preparado desde a sua infancia para representar um país, para ser o seu relações públicas, e, no caso dos dois países de que falo, têm sido, até ao momento pessoas idóneas, capazes e dignas.

Ressalvo que, ainda que, estupidamente, Portugal não reconheça o seu rei, todos sabemos que ele existe na pessoa de D. Luis Pio.

Então, dirão alguns leitores neste meu ponto de reflexão … afinal que te separa dos monarquicos convictos?!

Pois, meus amigos, é a partir daqui que me separo deles.

Eu penso que um rei debe existir, (existirá sempre), mas não debe, sob nenhum conceito, ter qualquer poder de decisão.

Aí sou republicano, o povo decide nas urnas os seus dirigentes y serão estes que, democráticamente cumprirão essa função, nunca um rei.

Escuto, agora na televisão e outros meios de comunicação, aos mais republicanos manifestando-se contra os gastos da monarquia.

Devo fazer aquí uma chamada de atenção a todos …

Portugal, nosso país vizinho, como decerto sabeis, tem um regime republicano presidencial, ou seja, tem um presidente da republica, agora mesmo cargo ocupado por Aníbal Cavaco Silva, que sai de um acto eleitoral por quatro anos (máximo de 8).

Sai mais caro à economia portuguesa o seu presidente que todos os gastos da familia real espanhola.

Em todo o caso eu faria algumas mudanças.

Penso que o povo espanhol não tem por que soportar uma monarquia, ( nem a um presidente da republica).

Creo, totalmente, na justa retribuição pelo desempenho de um trabalho, ou actividade.

O rei cobra pela sua função de representante permanente de estado …

A rainha debe cobrar, sempre e quando tenha actividades de representação … não de maneira permanente …

Não compreendo porque a princesa, futura rainha, vá a cobrar, ao cumprir o seu nono aniversario, um salário mensal que triplica o ordenado minimo de qualquer espanhol … dizem que é para a sua formação … alguém pagou a tua formação, caro leitor? …

Tão pouco compreendo as dúvidas y preocupações sobre a figura juridica de D. Juan Carlos … se já não é rei, para mim, será o cidadão Juan Carlos, sem mais previlegios o direitos que qualquer ex-ministro ou ex-deputado.

Talvez que, aclarados estes pontos, as pessoas aceitem, ainda mais, a monarquia … ainda que eu sinta que mais que monarquicos, a maioria dos espanhois são juancarlistas e preparam-se para serem felipistas

Eu, por mim, mantenho-me fiel a minha postura de un republicano-monarquico … e que viva D. Felipe VI.



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