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Foi
com muita emoção que, quase ao cumplir dos meus 54 anos de idade,
voltei a entrar, como aluno, na Universidade.
O
pretexto foi o VII CURSO DE LOCUTORES DE RADIO orhanizado pela
Universidade de Comunicação de Sevilha, em terrenos outrora
ocupados pela Exposição Universal de 1992.
Mais
do que os professores, José Colinet e Maria Jose Barriga, encontrei
todo uma equipe de companheiros, pessoas, de uma maneira ou de outra,
dentro do mundo do jornalismo, da radio e da televisão, mas,
principalmente, gente cheia de criatividade, de ideias … e ilusões
…
Num
ambiente de puramente familiar, as dez sessões do curso passaram-se
correndo, alternando a recuperação de uma memória sempre bem viva,
e o aprender de métodos e posturas novas ( que para isso estavamos).
Resultado
final:
12
amigos
10
locutores mais experimentados
milhões
de ideias na cabeça de todos
Este
é o documental dos dez dias que mudaram o mundo pessoal de todos.
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A
pocos dias da proclamação de Felipe de Borbón como o rey
Felipe VI, volta o debate: monarquia o republica.
Á
minha volta apontam-me o dedo pelas minhas convicções politicas
(que não ideológicas).
Já
en diversas ocasiões me afirmei como um republicano-monarquico
e sempre sou criticado.
Dizem
os “supostos entendidos”, que eu não posso ser as duas coisas …
que, quanto muito poderei ser um republicano com simpatia
(tolerancia) pela monarquia, ou um monárquico resignado pelo poder
da republica.
Pois,
não! Sou um republicano-monarquico.
Tentarei
clarificar.
A
monarquia, para mim, significa passado, historia, dois
valores fundamentais no progresso e evolução de qualquer
sociedade.
Eu
observo a D. Juan Carlos de Borbón ou a D. Luis Pío de
Bragança e não posso evitar de sentir nos seus ombros, os
feitos, as lutas, as glorias e os maus passos de Espanha e
Portugal ao longo de centenas de anos.
Essa
historia tem que ser preservada, estudada, explicada … jamais
esquecida …
Por
isso a figura do rei é tão importante.
Um
rei é alguem preparado desde a sua infancia para representar
um país, para ser o seu relações públicas, e, no caso dos
dois países de que falo, têm sido, até ao momento pessoas idóneas,
capazes e dignas.
Ressalvo
que, ainda que, estupidamente, Portugal não reconheça o seu
rei, todos sabemos que ele existe na pessoa de D. Luis Pio.
Então,
dirão alguns leitores neste meu ponto de reflexão … afinal que te
separa dos monarquicos convictos?!
Pois,
meus amigos, é a partir daqui que me separo deles.
Eu
penso que um rei debe existir, (existirá sempre), mas
não debe, sob nenhum conceito, ter qualquer poder de decisão.
Aí
sou republicano, o povo decide nas urnas os seus
dirigentes y serão estes que, democráticamente cumprirão
essa função, nunca um rei.
Escuto,
agora na televisão e outros meios de comunicação, aos mais
republicanos manifestando-se contra os gastos da monarquia.
Devo
fazer aquí uma chamada de atenção a todos …
Portugal,
nosso país vizinho, como decerto sabeis, tem um regime republicano
presidencial, ou seja, tem um presidente da republica, agora
mesmo cargo ocupado por Aníbal Cavaco Silva, que sai de um
acto eleitoral por quatro anos (máximo de 8).
Sai
mais caro à economia portuguesa o seu presidente que todos os
gastos da familia real espanhola.
Em
todo o caso eu faria algumas mudanças.
Penso
que o povo espanhol não tem por que soportar uma monarquia, (
nem a um presidente da republica).
Creo,
totalmente, na justa retribuição pelo desempenho de um trabalho,
ou actividade.
O
rei cobra pela sua função de representante permanente de
estado …
A
rainha debe cobrar, sempre e quando tenha actividades de
representação … não de maneira permanente …
Não
compreendo porque a princesa, futura rainha, vá a cobrar, ao
cumprir o seu nono aniversario, um salário mensal que triplica o
ordenado minimo de qualquer espanhol … dizem que é para a sua
formação … alguém pagou a tua formação, caro leitor? …
Tão
pouco compreendo as dúvidas y preocupações sobre a figura juridica
de D. Juan Carlos … se já não é rei, para mim, será o
cidadão Juan Carlos, sem mais previlegios o direitos que
qualquer ex-ministro ou ex-deputado.
Talvez
que, aclarados estes pontos, as pessoas aceitem, ainda mais, a
monarquia … ainda que eu sinta que mais que monarquicos, a
maioria dos espanhois são juancarlistas e preparam-se para
serem felipistas …
Eu,
por mim, mantenho-me fiel a minha postura de un
republicano-monarquico … e que viva D. Felipe VI.
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Confieso
que solo conocía a la señora Carrasco por los noticiarios de la
tele, o por lo que leo con regularidad en los periódicos.
Confieso
que tal vez, solo tal vez, no fuese una persona que me cayese
demasiado simpática … y que tal vez, solo tal vez, mis ideas
políticas no están totalmente paralelas con las suyas …
Pero,
la verdad es que ayer, martes, a las 17.30h de la tarde me quedé
impactado digiriendo la información de su asesinato.
Tormenta
de preguntas desconcertadas llenaron mi mente…
---
Por donde vamos?!
---
Hasta donde iremos?!
He
aprovechado mi vida, ya son ya algunos los años, entre otras cosas,
de estudiar líneas de pensamiento, corrientes filosóficas,
sociales, religiosas y políticas, algunas en que me siento en
oposición … pienso que solo podemos estar de acuerdo o desacuerdo
conociendo el otro lado…
Religiosamente
conviví y compartí ideas con mucha gente con quien aprendí a
construir mi actual consciencia.
Más
que buscar los detalles diferentes procuré puntos comunes… y he
encontrado al menos uno … una “ley universal” y que es
compartida por todos … “NO MATARÁS” …
Es
para mi inaceptable que se mate un semejante, y mucho menos que se
mate con total premeditación … y, una vez más, fue lo que pasó …
un frío y estudiado acto despreciable.
La
estupefacción me acompaña todavía … pero peor aún cuando empecé
a leer en las redes sociales algunos comentarios (pocos, felizmente)
justificando o simplemente aceptando el acto vil y negro.
En
un periódico de hoy alguien describía el acto como “salvaje y
animalesco” … ahí tengo que manifestar mi discordancia …
Los
animales son nobles por naturaleza y tan solo les mueve el instinto
de supervivencia física.
Los
animales están obligados a matarse entre si para comer y proteger su
vida, su familia … su rebaño … el ser humano … no!
Prefiero,
entonces, los animales que son lógicos, más puros y más justos …
y principalmente porque, al contrario de los humanos … los animales
no son crueles!
… a
la familia de Isabel Carrasco, sus amigos y compañeros de partido …
y a toda a sociedad española en general … mis más respetuosos
pésames …
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Sentado
na esplanada
onde, por costume, passo horas
escrevendo, olho á minha volta e
respiro profunda e solenemente este ar tranquilo que, para mim, só
este bairro tem …
Hoje
escrevo-te, Sevilla,
cidade maravilha …
A
ti te agradeço
…
…
recebeste-me de braços e pontes abertas, acolheste-me no teu ventre,
deste-me tecto
… lar
… esposa
…
Em
ti estacionei as revolucionárias
fases da minha vida
passada … os cruzamentos sem
sinais dos caminhos
do meu destino
…
Cheguei
a ti e … de repente … tudo mudou
…
A
tua luz,
como em nenhum outro sitio … o teu Guadalquivir
soberano … a tua catedral imponente
…
Mas,
muito mais que estes detalhes ao alcance de qualquer turista,
te abriste-me a intimidade
das tuas ruas
mais interiores.
Desde
muito cedo a nossa relação
foi profunda
… intima
…
Em
ti vivi
… em ti sobrevivi
…
Tu
fizeste-me crescer as minhas ideias …
os meus projectos …
Bebo
das tuas fontes
… como da tua historia
… apaixonei-me das tuas gentes
…
O
teu ritmo
passou a ser parte do meu sangue
… o teu trafico
corre pelas minhas veias …
os teus verões
fazem-me sudar a alma …
Agradeço-te,
Sevilla, por teres acreditado em mim
… mas, mais do que isso, por fazer com que acredite em mim mesmo …
O
destino fez-me soltar ancora
em Miraflores
… é aquí que, dia a dia, me sento
nas tuas pernas
e investigo … e estudo … para saber cada vez mais de ti …
E
te peço perdão …
Perdão
por não viver, como tu, a Semana
Santa … não me chega o fundamento
… mas impacta-me as formas
e o sentimento
…
Peço-te
perdão por não disfrutar da Feira
como a tua gente … mas o meu
espirito solitario afoga-se
em qualquer mar de gente
…
Mas
nem duvides, Hispalis …
sou teu filho
… de longe
… adoptivo
… adoptado
… mas muito convicto e fiel
…
Por
isso sou teu embaixador
… e promotor
… por onde quer que valha …
Defendo-te
e te divulgo pelos
quatro cantos do universo.
Já
o escrevi de
outras vezes, mas não me canso de repitir
…
Sevilha
é uma cidade
tão especial,
que aquí … até as ilhas são
mágicas ...
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Uma
vez mais, a imparavel viagem do nosso calendario por todo um ciclo de
12 meses, volta a apontar a data de 25 de Abril.
Em
Portugal, e depois e 1974, esta é uma data que, independentemente da
visão politica, ou simples opinião pessoal de cada um, não permite
a ninguém ficar indiferente.
A
prudente distancia que nos dão 40 anos, permite aos que, como eu,
viveram a “Revolução dos Cravos”, uma análise em consciencia e
sem a emoção apaixonada que nos dá a demasiada proximidade com os
factos.
Hoje,
posso evaluar tudo o que passou nesse dia, desde a altura dos meus 53
anos … as boas e as más decisões … os momentos de luz e de
escuridão … os mais … e os menos …
Em
Portugal, esta data, estando ou não de cuerdo, é um simbolo de uma
profunda mudança social e politica.
Mas,
comecemos por conhecer a definição da palabra “revolução” …
o dicionario da Real Academia Española diz : … revolução, do
latin “revolutio”, “uma volta”, cambio social,
fundamentalmente na estructura de poder o oranização, que toma
lugar por um período relativamente curto.
Contrariamente
ao que alguns pensaram despois da “Revolução dos Cravos”, uma
revolução não é um sistema de governo, nem um tipo de politica
permanente.
Uma
revolução tem um curto espaço de validade.
Em
Portugal tentou-se arrastrar o período revolucionário por mais
tempo que o necessário, as forças mais a esquerda, que lógicamente
estiveram por detrás do golpe, tinham intenções de que a mudança
fosse mais radical.
Cerca
de ano e meio depois, após o 25 de novembro de 1975, as coisas
começaram a normalizar.
A
“Revolução dos Cravos” teve uma importancia fundamental no
destino de Portugal e ficará para os anais da historia, a par de
datas como a declaração de independencia por D.Afonso Henriques em
1143, a restauração de essa mesma independencia depois de 60 anos
de dominação espanhola, em 1 de Dezembro de 1640, ou a da
implantação da Republica Portuguesa em 1910.
Erros?
Sim! Houve erros. Dois tipos de erros: os normais em cada mudança
social e os especialmente únicos.
Os
normais: a revolução de 1974 foi uma mudança, no momento, drástica
e isso arrasta complicações colaterais … de repente … tudo o
que era proibido passa a ser permitido … ninguém esta preparado
para que uma mudnça assim seja pacifica.
No
processo ganharam-se consciencias e liberdades, mas também se
perderam alguns valores, concretamente familiares … foram
necessarios cerca de dez anos para voltar a recupera-los em parte …
foi o preço a pagar.
Depois
… os erros especialmente unicos … primeiro a tentativa de manter
um governo militar … não esqueço o COPCON … as expropriações,
algumas justas, mas muitas outras selvagens … e o método ineficaz,
apressado e caótico de por fim a uma guerra colonial que foi um dos
pilares que levou a organização do golpe.
Hoje,
40 anos depois vejo a gente que se confunde um pouco.
Em
plena crise economica, hoje tenta-se procurar culpados e é muito
fácil acusar uma mudança de há quase meio século, sem olhar á
volta e tomar consciencia de um problema que existe a um nivel
practicamente mundial.
Os
problemas de Portugal sofre (e não é o unico país) tem dois
motivos – a crise internacional e o crescente déficite de
inteligencia das classes politicas.
Não
me vou a alargar muito mais com as minhas reflexões, mas não quero
terminar sem deixar alguns pontos de ponderação que me parecem
importantes …
não
gosto de ouvir ou ler que a “Revolução dos Cravos” foi um
acto sem derramamento de sangue …
Nesse
dia de 25 de Abril de 1974 morreram em Lisboa, 7 pessoas, na sua
maioria alvos de metralhadoras G3 disparadas desde dentro da sede
da policia politica do regime deposto horas antes, a PIDE-DGS.
Penso que é
uma falta de respeito para com as familias dessas victimas não
valorizar o seu sacrificio.
Por
outro lado, necessito que alguém me explique de numa vez por
todas, porque jamais se dignificou a figura do Capitão Salgueiro
Maia, fundamental em todo esse dia, a ponto que ainda hoje a sua
viuva, tanto quanto sei, não recebe qualquer pensão a que tem
direito, enquanto nestes 40 anos se medalharam a ex membros da
referida antiga policia politica.
Y
como remate … a todos quantos, nas minhas viagens a Portugal, oiço
dizer que preferem mais estar no regimen anterior á revolução
(chego a escutar o nome do dictador Salazar) vos digo:
…
a “Revolução dos Cravos” permitiu a que foi a mais valiosa
conquista … a liberdade de pensamento … o fim á censura e á
perseguição politica … ou seja … permitiu que essas mesmas
pessoas possam manifestar publicamente a sua opinião sem medo a
“desaparecer” no dia seguinte … ao menos isso não tem
contestação.
A
ninguém se debe obrigar a comemorar a data de 25 de Abril em
Portugal … mas … penso … a ninguém se debe impedir de fazé-lo
… ou não pudemos aprender nada com os nossos erros …