jueves, 15 de mayo de 2014

... os animais ... não são cruéis ...

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    Confieso que solo conocía a la señora Carrasco por los noticiarios de la tele, o por lo que leo con regularidad en los periódicos.

   Confieso que tal vez, solo tal vez, no fuese una persona que me cayese demasiado simpática … y que tal vez, solo tal vez, mis ideas políticas no están totalmente paralelas con las suyas …

    Pero, la verdad es que ayer, martes, a las 17.30h de la tarde me quedé impactado digiriendo la información de su asesinato.

    Tormenta de preguntas desconcertadas llenaron mi mente…

     --- Por donde vamos?!

     --- Hasta donde iremos?!

   He aprovechado mi vida, ya son ya algunos los años, entre otras cosas, de estudiar líneas de pensamiento, corrientes filosóficas, sociales, religiosas y políticas, algunas en que me siento en oposición … pienso que solo podemos estar de acuerdo o desacuerdo conociendo el otro lado…

   Religiosamente conviví y compartí ideas con mucha gente con quien aprendí a construir mi actual consciencia.

    Más que buscar los detalles diferentes procuré puntos comunes… y he encontrado al menos uno … una “ley universal” y que es compartida por todos … “NO MATARÁS” …

    Es para mi inaceptable que se mate un semejante, y mucho menos que se mate con total premeditación … y, una vez más, fue lo que pasó … un frío y estudiado acto despreciable.

    La estupefacción me acompaña todavía … pero peor aún cuando empecé a leer en las redes sociales algunos comentarios (pocos, felizmente) justificando o simplemente aceptando el acto vil y negro.

     En un periódico de hoy alguien describía el acto como “salvaje y animalesco” … ahí tengo que manifestar mi discordancia …

     Los animales son nobles por naturaleza y tan solo les mueve el instinto de supervivencia física.

    Los animales están obligados a matarse entre si para   comer y proteger su vida, su familia … su rebaño … el ser humano … no!

   Prefiero, entonces, los animales que son lógicos, más puros y más justos … y principalmente porque, al contrario de los humanos … los animales no son crueles!

    a la familia de Isabel Carrasco, sus amigos y compañeros de partido … y a toda a sociedad española en general … mis más respetuosos pésames …


                                        RIP


Sevilla, 13 de mayo de 2014



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domingo, 11 de mayo de 2014

... OBRIGADO ... SEVILHA ...

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    Sentado na esplanada onde, por costume, passo horas escrevendo, olho á minha volta e respiro profunda e solenemente este ar tranquilo que, para mim, só este bairro tem …

     Hoje escrevo-te, Sevilla, cidade maravilha …

    A ti te agradeço

   … recebeste-me de braços e pontes abertas, acolheste-me no teu ventre, deste-me tectolaresposa

   Em ti estacionei as revolucionárias fases da minha vida passada … os cruzamentos sem sinais dos caminhos do meu destino

    Cheguei a ti e … de repente … tudo mudou

    A tua luz, como em nenhum outro sitio … o teu Guadalquivir soberano … a tua catedral imponente …

    Mas, muito mais que estes detalhes ao alcance de qualquer turista, te abriste-me a intimidade das tuas ruas mais interiores.

    Desde muito cedo a nossa relação foi profundaintima

    Em ti vivi … em ti sobrevivi

   Tu fizeste-me crescer as minhas ideias … os meus projectos

    Bebo das tuas fontes … como da tua historia … apaixonei-me das tuas gentes

    O teu ritmo passou a ser parte do meu sangue … o teu trafico corre pelas minhas veias … os teus verões fazem-me sudar a alma

   Agradeço-te, Sevilla, por teres acreditado em mim … mas, mais do que isso, por fazer com que acredite em mim mesmo …

    O destino fez-me soltar ancora em Miraflores … é aquí que, dia a dia, me sento nas tuas pernas e investigo … e estudo … para saber cada vez mais de ti …

    E te peço perdão

  Perdão por não viver, como tu, a Semana Santa … não me chega o fundamento … mas impacta-me as formas e o sentimento

   Peço-te perdão por não disfrutar da Feira como a tua gente … mas o meu espirito solitario afoga-se em qualquer mar de gente

    Mas nem duvides, Hispalis … sou teu filho … de longeadoptivoadoptado … mas muito convicto e fiel

   Por isso sou teu embaixador … e promotor … por onde quer que valha …

   Defendo-te e te divulgo pelos quatro cantos do universo.

   Já o escrevi de outras vezes, mas não me canso de repitir


   Sevilha é uma cidade tão especial, que aquí … até as ilhas são mágicas ...




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jueves, 24 de abril de 2014

Um cravo mais … em abril …

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   Uma vez mais, a imparavel viagem do nosso calendario por todo um ciclo de 12 meses, volta a apontar a data de 25 de Abril.

    Em Portugal, e depois e 1974, esta é uma data que, independentemente da visão politica, ou simples opinião pessoal de cada um, não permite a ninguém ficar indiferente.

    A prudente distancia que nos dão 40 anos, permite aos que, como eu, viveram a “Revolução dos Cravos”, uma análise em consciencia e sem a emoção apaixonada que nos dá a demasiada proximidade com os factos.

 

 

 

   Hoje, posso evaluar tudo o que passou nesse dia, desde a altura dos meus 53 anos … as boas e as más decisões … os momentos de luz e de escuridão … os mais … e os menos …

    Em Portugal, esta data, estando ou não de cuerdo, é um simbolo de uma profunda mudança social e politica.

    Mas, comecemos por conhecer a definição da palabra “revolução” … o dicionario da Real Academia Española diz : … revolução, do latin “revolutio”, “uma volta”, cambio social, fundamentalmente na estructura de poder o oranização, que toma lugar por um período relativamente curto.

 

 

 

 

   Contrariamente ao que alguns pensaram despois da “Revolução dos Cravos”, uma revolução não é um sistema de governo, nem um tipo de politica permanente.

    Uma revolução tem um curto espaço de validade.

   Em Portugal tentou-se arrastrar o período revolucionário por mais tempo que o necessário, as forças mais a esquerda, que lógicamente estiveram por detrás do golpe, tinham intenções de que a mudança fosse mais radical.

    Cerca de ano e meio depois, após o 25 de novembro de 1975, as coisas começaram a normalizar.

 


 



 


   A “Revolução dos Cravos” teve uma importancia fundamental no destino de Portugal e ficará para os anais da historia, a par de datas como a declaração de independencia por D.Afonso Henriques em 1143, a restauração de essa mesma independencia depois de 60 anos de dominação espanhola, em 1 de Dezembro de 1640, ou a da implantação da Republica Portuguesa em 1910.

 



 

 

    Erros? Sim! Houve erros. Dois tipos de erros: os normais em cada mudança social e os especialmente únicos.

   Os normais: a revolução de 1974 foi uma mudança, no momento, drástica e isso arrasta complicações colaterais … de repente … tudo o que era proibido passa a ser permitido … ninguém esta preparado para que uma mudnça assim seja pacifica.

   No processo ganharam-se consciencias e liberdades, mas também se perderam alguns valores, concretamente familiares … foram necessarios cerca de dez anos para voltar a recupera-los em parte … foi o preço a pagar.

   Depois … os erros especialmente unicos … primeiro a tentativa de manter um governo militar … não esqueço o COPCON … as expropriações, algumas justas, mas muitas outras selvagens … e o método ineficaz, apressado e caótico de por fim a uma guerra colonial que foi um dos pilares que levou a organização do golpe.

 

 

 

 

   Hoje, 40 anos depois vejo a gente que se confunde um pouco.

   Em plena crise economica, hoje tenta-se procurar culpados e é muito fácil acusar uma mudança de há quase meio século, sem olhar á volta e tomar consciencia de um problema que existe a um nivel practicamente mundial.

   Os problemas de Portugal sofre (e não é o unico país) tem dois motivos – a crise internacional e o crescente déficite de inteligencia das classes politicas.

 

 

 

 

   Não me vou a alargar muito mais com as minhas reflexões, mas não quero terminar sem deixar alguns pontos de ponderação que me parecem importantes …

    • não gosto de ouvir ou ler que a “Revolução dos Cravos” foi um acto sem derramamento de sangue …

      Nesse dia de 25 de Abril de 1974 morreram em Lisboa, 7 pessoas, na sua maioria alvos de metralhadoras G3 disparadas desde dentro da sede da policia politica do regime deposto horas antes, a PIDE-DGS.

       

       

       

            Penso que é uma falta de respeito para com as familias dessas victimas não valorizar o seu sacrificio.

        • Por outro lado, necessito que alguém me explique de numa vez por todas, porque jamais se dignificou a figura do Capitão Salgueiro Maia, fundamental em todo esse dia, a ponto que ainda hoje a sua viuva, tanto quanto sei, não recebe qualquer pensão a que tem direito, enquanto nestes 40 anos se medalharam a ex membros da referida antiga policia politica.

           

           

            

              Y como remate … a todos quantos, nas minhas viagens a Portugal, oiço dizer que preferem mais estar no regimen anterior á revolução (chego a escutar o nome do dictador Salazar) vos digo:

              … a “Revolução dos Cravos” permitiu a que foi a mais valiosa conquista … a liberdade de pensamento … o fim á censura e á perseguição politica … ou seja … permitiu que essas mesmas pessoas possam manifestar publicamente a sua opinião sem medo a “desaparecer” no dia seguinte … ao menos isso não tem contestação.

           

           

           

 

    A ninguém se debe obrigar a comemorar a data de 25 de Abril em Portugal … mas … penso … a ninguém se debe impedir de fazé-lo … ou não pudemos aprender nada com os nossos erros …


                             jorge peres

                            ex – militar

                           ex- revolucionario

                           ex – esquerdista


           mas sempre agradecido aos capitães de Abril. 

 

 

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sábado, 29 de marzo de 2014

... A AMNÉSIA DA HISTORIA – I ...


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ERNESTO PINTO LOBO


    A historia é um animal propenso a uma doença cíclica … grave … felizmente com cura … a amnésia.

   Por isso sinto a necessidade de investigar, conhecer e dar a conhecer o passado – porque me importa … porque debe importar a todos … porque não podemos dicidir em consciencia no futuro se não sabemos do nosso passado.

    Não podemos viver na ignorância … nem somos avestruzes … nem meter a cabeça debaixo da areia soluciona ou ajuda a solucionar nada … de repente me veio á cabeça uma (das muitas) expressões do meu pai … “a ignorância é sempre atrevida”.

Eu tento colocar o meu grão de areia, como se fosse um antídoto para a “amnésia historica”.

 

  

   A “AMNÉSIA HISTÓRICA” de hoje vai, muito especialmente, para Portugal, Castelo Branco, cidade que me viu nascer … mas gostaria de compartir-la com todos os meus leitores espanhois.

    Hoje vou falar de um homem que nasceu em 23 de Fevereiro de 1937, em Tramagal, Abrantes, em pleno centro de Portugal, de seu nome ERNESTO PINTO LOBO.

    Depois de terminar os estudios secundarios em Abrantes foi para Coimbra para estudiar na Universidade de Letras.

    Aí se licenciou em Historia.

 

 

 

   Pelo seu matrimónio, ERNESTO PINTO LOBO passa a residir em Castelo Branco, onde começa por ser professor de pedagogia e Director Pedagógico da Aliance Française de essa cidade.

    Pouco a pouco, com os seus estudos e pesquisas tornou-se um especialista em temas sociais e turisticos, e aparecem as suas primeiras publicações no campo historico e etnográfico, colaborando em jornais e revistas da especialidade.

    Fundou o “Centro de Estudos Etnográficos da Beira Baixa” e a revista “Adufe”.

    Fez um rigoroso levantamento do panorama folclórico musical português da “Beira Baixa”.

 


 

 

   Nos anos 60 entra para a “Orquesta Tipica Albicastrense” onde assume funções de Presidente de Direcção em 1970.

    Mais a mais, cantava muito bem.

 

 

   Um dia, conversando eu com outro ilustre personagem, igualmente injusticiado pela história (felizmente, e á data de esta publicação, ainda vivo), Arlindo de Carvalho, este me dizia que não conhecia a ninguém que cantasse tão bem a canção “Maria Faia” como Ernesto.

    Sobre o grande compositor e interprete Arlindo de Carvalho, falarei outro dia.

 

 

 

 

   Ernesto Pinto Lobo era tambiém um muito bom interprete de outro tipo de musica portuguesa, que se lhe ficou dos tempos de estudante … o fado de Coimbra.

 

 

 

 

   Pessoalmente conheci a Ernesto nos anos 70.

   Ao despontar da “Radio Juventude, Emissor Regional de Castelo Branco”, ele foi um dos primeiros em apostar forte no nosso projecto e a dar a sua sempre generosa colaboração.

   Com ele mantive longas conversas, todas interessantes e enrriquecedoras, e nos meus programas sempre houve um espaço para uma rúbrica sua sobre os temas de que tanto sabia.

    Com ele aprendi e descobri, muito sobre a historia de uma cidade que era mais minha que sua, mas, pela qual, fez muito mais do que eu.

   A nossa fecunda colaboração durou mais de uma década até que a vida, geográficamente, nos separou.

 

 

   Mas Ernesto não parou e até á sua morte manteve-se muito activo.

    Foi chefe da Divisão de Educação e Cultura da Câmara Municipal de Castelo Branco e director da Biblioteca Municipal.

   As suas publicações, tanto escritas como em registos audio e em imagens (no seu tempo em super 8) algumas por sorte recuperadas e digitalizadas, são hoje um grande pilar sobre a historia de toda essa região.

 

 

 

 

   Em 20 de Março de 2000, dia da cidade, teve a sua ultima aparição pública, falando sobre outro grande nome, Eurico Sale Viana.

    Pouco desfrutou do novo século nem do novo milénio … morreu a 21 de Abril de 2000, victima de uma doença complicada aos 63 anos de idade.

     A titulo póstumo a Camara Municipal de castelo Branco, atribui-lhe a “Medalha de Ouro de Mérito Cultural” e deu o seu nome a uma rua.

   No entanto, parece-me muito pouco … o aniversário da sua morte passou quase invisivel para todos quantos bebemos de essa grande fonte de saber e de esse enorme poder de comunicação que foi Ernesto Pinto Lobo.

    Me arriscaria a propor á Camara Municipal de Castelo Branco que se desse á Biblioteca Municipal de esta cidade o nome de esta figura pública.

   Deixo uma pregunta a quantos, como eu, passamos já dos 50 anos

     Preguntai aos vossos filhos e filhas quem foi o Dr. ERNESTO PINTO LOBO … na resposta conseguida encontrareis o trabalho de divulgação que todos temos pela frente.

 

      Os deixo um fragmento de um trabalho de Ernesto, gravado e apresentado por el mesmo.

 

 

 

 

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