jueves, 17 de octubre de 2013
miércoles, 16 de octubre de 2013
... MILAGRES ... E OUTROS SANTOS ...
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Quem me conhece sabe que, para mim, não existem milagres. Não é que eu negue os escritos da Biblia ou os factos de Jesus Cristo em médio oriente … longe disso.
O que penso é que existem factos e circunstâncias para as quais não temos explicação … e isso porque não temos conhecimentos (informação) suficientes.
Por isso, e desde o meu ponto de vista, aceitar a existencia de milagres é assumir a nossa ignorância … que a temos.
Dou-vos um exemplo … eu dirijo-me à floresta da Amazónia, encontro uma hipotetica tribo “primitiva”, sem nenhum contacto com a “civilização”, acendo um isquieiro, e, no minimo, serei adorado como o “Deus do Fogo” … para eles, fiz o “milagre” de produzir e controlar, com um simples movimento de mão, o que eles levavam largos minutos para conseguir esfregando dois pedaços de madeira.
E com isto, passo ao seguinte tema deste texto … os santos.
Oficialmente, para que a Igreja possa chamar “santo” a alguém há que demonstrar que, esse alguém cometeu, combrovadamente, ao menos dois “milagres”.
Deixo uma pregunta “inocente”:
Poderiamos considerar Usain Bolt como “santo”?
Este homem faz o que mais ninguem faz neste planeta … e mais do que duas vezes …
Ironias á parte, porque este tema é muito sério … todos sabemos que está em processo a baetificação do falecido Papa Juan Pablo II.
Não entrarei em dissertação sobre o tema … sé deixo um pensamento …
No me repugna a ideia e chamar santo a um ex-papa, muito embora fosse para mim uma decepção, pelo que eu esperava dele, em termos de abeetura de mentalidades da Igreja … coisa que não fez … mas agora temos o Papa Francisco … um homem que cai bem a quase todo o mundo, que tem um discurso aberto, autocritico e humano que há muito esperavamos … talvez isso seja um verdadeiro “milagre” … talvez existam outros “santos” de que a igreja (nem ninguém) fala … os missioneiros … os médicos sem fronteiras … (algumas) organizações humanitarias … e tantos tantos anónimos que vivem ajudando os outros … outros milagres … outros “santos” !
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lunes, 23 de septiembre de 2013
... TRÊS PRESIDENTES ... EM CASTELO BRANCO ...
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Tenho 53 anos.
Não me envergonho de assumir que despertei para a politica no dia 25 de Abril de 1974.
Incluso
a palavra politica era uma ilustre desconhecida para mim, 24 horas
antes dessa data.
Aprendi
depressa, como muitos outros.
As
coisas em Castelo Branco não mudaram assim tão depressa.
Nas
minhas actividades politicas, lúdicas e profissionais, mantive, ao
longo dos anos alguns contactos com a autarquia albicastrense …
umas veces mais pacificos … outras … não!
Conheci
pessoalmente tres presidentes de Camara, de dois partidos diferentes.
Nos
meus tempos de revolucionário de esquerda, que fui, cruzei alguns
minutos de conversação com o socialista Armindo Ramos, quase nunca
agradaveis … para esquecer ...
A
corrente politica durou-me pouco … em pouco mais de ano e meio
compreendi que os jogos de cintura necesarios para esse mundo, não
eram para mim.
Quando,
mais tarde, volto a subir oficialmente as escadas da Camara Municipal
de Castelo Branco, foi como responsavel de uma radio local recem
formada, a Radio Juventude predispunha-me a ser
recebido pelo então presidente da Camara, o social democrata Cesar
Vila Franca.
Inesperadamente,
a reunião decorreu num clima muito ameno e agradavel e daí nasceu
uma colaboração e ajuda que foram indespensáveis á posterior
legalização do emissor regional de Castelo Branco ( a propósito …
onde está?!!!).
A
Joaquim Morão conheci-o anos depois … eu era director de
informação da RJ e ele presidente da Camara de Idanha a Nova.
Rapidamente
me habituei ao seu elevado ritmo de trabalho e ao seu espirito
empreendedor.
As
leis do meu destino levaram-me a imigrar para Lisboa, e, mais tarde,
a emigrar para Espanha.
Já
não vivia em Castelo Branco quando Joaquim assumiu a edilidade
albicastrense.
As
mudanças não se fizeram esperar … em pouco tempo a cidade que me
viu nascer se tornou quase irreconhecivel para mim.
Cada
vez que voltava descobria algo novo.
Agora
que, por razões legais não se pode recandidatar, sinto-me livre
para escrever este texto e poder assim dizer-lhe (já que não tenho
a oportunidade de fazê-lo pessoalmente...):
“---
Joaquim Morão, muito obrigado pelo que fizeste pela minha cidade …
por voltar a colocar-la no mapa de um país parado. Obrigado por
deixar a tua alma de empreendedor nas nossas ruas e paredes. Não
estou de acordo com tudo o que fizeste (jamais te perdoarei o
teres-me tirado o ecran de cine do parque da cidade) … mas é um
trabalho imenso e profundo, o que nos deixas.
Não
sei, nem conheço quem virá agora … só sei que terá uma tarefa
dificil … manter, continuar e desenvolver o espirito de trabalho a
que nós, albicastrenses, já nos habituamos.
Aqui
estarei para escrever sobre tudo isso.”
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miércoles, 5 de junio de 2013
... O DIREITO À OPINIÃO ...
Sempre pensei que, na minha vida, já havia passado e vivido situações politicas suficientes, e que a minha passagem pela vida partidária activa deixara em mim a vacina para que não voltasse a esses temas até ao ultimo dos meus dias.
Mas … a própria vida muda, e o ambiente à nossa volta, neste momento, não é o mais indicado para reivindicar silêncios.
É certo que vivo em Espanha, mas é igualmente verdade que esta crise é global, e que, no fundo, temos uma realidade comum.
A este blog trazem-me, hoje, dois temas …
Há poucos dias, numa entrevista a um dos principais canais de televisão, aqui em Espanha, a Antena 3, o ex presidente Aznar deixava antever o seu possível regresso à politica nacional.
No dia seguinte muitos foram os que se levantaram em contra dessa possibilidade, alguns desde dentro do seu próprio partido.
Veio-me à lembrança algo muito idêntico ocorrido em Portugal, quando Mário Soares lançou a mesma ideia.
Devo deixar claro que, tanto Aznar como Soares não são santos da minha devoção … mas devo confessar que vejo com bons olhos o regresso de ambos à vida politica activa de ambos os países.
E fundamento: penso que em Portugal e Espanha há um desesperante défice de bons políticos.
Tentarei explicar-me melhor … os bons políticos, tal como os bons administradores públicos, ou os economistas mais capazes sabem que, em tempos de crise profunda, a exposição publica queima e prejudica a imagem politica.
Neste momento estão ocultos, observando e esperando momentos mais oportunos … e é agora que mais os necessitamos.
Então … pergunto … porque não fazer regressar das cinzas as fenixes, mesmo sem grande colorido?
Penso que, o ressurgir dos dinossauros políticos faria sair das sombras os valores necessários e agora mesmo em stand bye …
Por isso … que voltem os Soares, os Guterres, os Aznares ou os Gonzalez … … de que temos medo? Ao fim e ao cabo somos nós quem tem a ultima palavra … nas urnas … ou não?
Passo agora ao segundo tema que hoje me traz a este blog … a Greve Geral, marcada para breve em Portugal, a exemplo do que já passou aqui em Espanha.
Há poucos dias atrás, publicava eu, sobre o tema dizendo que me parecia muito estranho que, num país assolado por uma profunda crise económica, alguém pensasse numa greve geral, e perguntava se os dirigentes de ambas as centrais sindicais, tinham explicado quanto custaria a cada português tal greve, aderindo ou não a ela.
Fui amplamente criticado, e, alguns leitores deixaram a ideia de que eu seria a favor de uma futura ditadura politica.
Para os que já não se lembram, devo recordar que vivi desde dentro a revolução de Abril, fui militante activo e um partido de extrema esquerda, o MRPP, que abandonei quando as directrizes politicas, já depois da prisão de Arnaldo Matos começaram a enveredar por caminhos mais violentos que não já somente o debate e a discussão de ideias e ideais.
Lutei pelo direito à greve, participei em algumas, e, em Castelo Branco, onde nasci e onde vivi esses conturbados tempos, fiz parte e alguns piquetes às greves e umas quantas vezes tive que correr diante das forças policiais quando nos tentavam dispersar.
Agora que já ultrapassei claramente o meio século de vida, as coisas têm outra dimensão.
Por isso penso e afirmo que em minha opinião (direito pelo qual também lutei), fazer uma greve geral num momento tão complicado, economicamente falando … é algo como dar um tiro no próprio pé, quando estamos caçando.
Os milhares e milhares de euros que se vão … ou a produção que não vamos fazer não ajudarão em nada a conseguir mais empregos ou melhores políticas administrativas.
É como que eu, sentindo-me fisicamente muito cansado, decida, para recompor-me, correr uma maratona.
Sei que alguns não compartilharão as minhas ideias, mas eu respeito-os a todos … com a mesma deferência e educação que espero obter de todos vós.
A minha posição, hoje em dia, sobre o tema das greves também ganhou outras matizes … … mas isso será tema para outra dissertação … outro dia …
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miércoles, 24 de abril de 2013
... CRAVOS ... EM ABRIL ...
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Há cravos que são para sempre, e cravos que nascem sem côr, ou, que a perdem aos poucos dias de vida … os cravos de Abril são eternos.
Em profundos e terriveis anos de crise há os que apregoam a morte e caducidade desse cravo vermelho … são mentes paradas no tempo.
Uma revolução nunca é futuro … é passado e presente … é um veículo, um paso, um preparar para o amanhã … em plena e completa evolução.
Passaram 39 anos desse dia memorável e, vejo, alguns ficaram por 1974.
Tudo mudou, meus amigos … o universo já não é o mesmo … o mundo já não se divide entre Estados Unidos e União Soviética … e a politica não está já amarrada em simples conceitos de esquerda o direita.
Socialismo … comunismo … ou capitalismo, são agora, antologias históricas de ciencia politica e a realidade é feita de fusões de ideias.
Cada vez mais seguimos pessoas em vez de ideologias … e isso é bom … mas, só é possivel porque a acção de uns quantos, pela vontade de muitos, levou a cabo uma revolução que mudou a vida e a historia de um país.
Vivemos uma profunda crise que não é só nacional, mas que afecta todo o mundo … uns mais que outros … e há que crear soluções … politicas … sociais … humanas …
Para isso necesitamos um espirito forte e conciso donde encontramos o simbolismo da data de hoje … sem extremismos … dogmas … o falsos milagres.
E é num momento em que a classe politica, a nivel mundial, sofre os mais baixos niveis de credibilidade pública que eu e vós … simples cidadãos … levantamos a nossa voz inconformista e nos transformamos em indignados ... mas seguros dos ensinamentos de Abril-74, que mais não seja, escrevendo artigos como este, sem que passemos o resto deste dia entre grades.
Há cravos que vivem pouco, independentemente da sua côr … mas este … o cravo vermelho de 25 de Abril de 1974 ... viverá para sempre.
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